O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas, após três meses de alta, cedeu 0,2 ponto em janeiro, ao passar de 104,0 para 103,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou 3,1 pontos, na quinta alta consecutiva.
“Após registrar altas expressivas em novembro e dezembro, a confiança do comércio acomodou no início de janeiro. O resultado ainda acima dos 100 pontos mostra que o setor ainda se encontra na região de transição para os níveis elevados de confiança. O resultado de janeiro mostra que os empresários se mantém otimistas com a evolução das vendas nos próximos meses, mas ainda com resultados tímidos no momento atual”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
Em janeiro, a confiança caiu em 5 dos 13 segmentos e foi influenciada pela piora da percepção dos empresários com relação ao momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,5 pontos, para 94,6 pontos, primeira queda desde maio de 2018. Contudo, as expectativas mantiveram sua tendência positiva pelo quarto mês consecutivo. O Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 2,1 pontos para 112,9 pontos, o maior nível desde fevereiro de 2011 (115,1).
Diferença entre Expectativas e Situação Atual volta a subir
Com o resultado de janeiro, a diferença entre os Índices de Situação Atual e de Expectativas voltou a aumentar. Medido em médias móveis trimestrais, o IE-COM subiu 5,1 pontos em janeiro, enquanto o ISA-COM subiu 1,0 ponto. Com isso a diferença entre os dois índices passou para 14,2 pontos, maior valor desde janeiro de 2018, quando foi de 15,0 pontos. Esse resultado mostra que, desde o final do ano passado, os empresários estão otimistas com o ritmo de vendas nos próximos meses, mas que a melhora da percepção atual ainda continua lenta, como vinha ocorrendo ao longo de 2018.