Esta semana, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou que em 2022 o setor registrou uma queda de 7% nas vendas em relação ao ano anterior, depois de uma alta de 8,1% em 2021. Quanto esse resultado frustrou as expectativas iniciais, e como se encaixa na evolução dessa indústria nos últimos anos?
De 2015 a 2017 o setor teve queda de demanda grande, pela conjuntura do país. Vale lembrar que representamos 22 segmentos, que vão da base de uma construção ao acabamento, e cujo desempenho caminha muito atrelado à economia. Em 2018 tivemos crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior - pequeno, mas comemorado pela inversão de sinal. E, em 2019, registramos crescimento de 1,5%, que tampouco foi vertiginoso, mas marcou a sustentação do desempenho positivo. Para 2020, nossa projeção de crescimento - calculada pela FGV - era de 4%, mas com a chegada da pandemia, tudo mudou. Em julho desse ano, nossos números eram negativos em dois dígitos. Mas com a extensão das medidas de isolamento, a falta de concorrência com outras despesas como viajar, as famílias buscaram investir no conforto de suas casas, o que impulsionou fortemente o setor e com isso conseguimos fechar o ano quase no zero a zero (-0,2%). O contexto de taxa de juros ainda baixa também se refletiu na demanda do setor imobiliário, que queimou estoques e passou a lançar e iniciar novos projetos - que, somado ao consumo “formiguinha” das famílias, colaborou para um crescimento das vendas de 8,1%, quase o dobro do registrado pelo PIB brasileiro.
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