Os Barômetros Econômicos Globais do FGV IBRE registraram alta em maio – o Coincidente, 0,9 ponto, e 0,6 ponto para o Antecedente – recuperando parte da queda observada em abril de, respectivamente, 0,5 e 1,1 ponto. Paulo Pichetti, pesquisador do FGV IBRE, avalia que o resultado reflete a percepção de manutenção do crescimento da atividade econômica mundial, “porém, com baixa probabilidade de aceleração significativa”.
Em ambos os indicadores, a maior contribuição foi da região Ásia, Pacífico e África, influenciada pela China (0,6 ponto no Barômetro Coincidente e 2,3 pontos no Antecedente, que sinaliza os ciclos das taxas de crescimento mundial entre três e seis meses). Em contrapartida, a Europa registrou queda em ambos, de -0,1 e 1 ponto. Livio Ribeiro, pesquisador associado do FGV IBRE destaca que os primeiros dados qualitativos de abril para a atividade chinesa reforçam a tendência de desequilíbrio entre o setor industrial, que perde potência, e o de serviços, que mantém o ímpeto de retomada, ainda que a taxas decrescentes. “Os principais indicadores ligados à demanda por bens, seja externa ou interna, voltaram ao terreno contracionista, o que só reforça os desafios a uma dinamização consistente da produção de bens industriais”, afirma Ribeiro. “Já em serviços, a moderação no ritmo de expansão é disseminada - já tendo, inclusive, a subcomponente de empregos em terreno marcadamente contracionista”, completa. Dessa forma, o pesquisador mantém a projeção de crescimento do PIB chinês em 5,7% em 2023.