
Descontando limitações conhecidas do mercado de trabalho brasileiro, que resultam em um alto nível de informalidade e baixos salários, a evolução recentemente observada nesse setor é considerada positiva. A taxa de desemprego, que beirou os 15% no primeiro trimestre de 2021, fechou em 8,5% no trimestre fechado em abril. E a geração de empregos formais, que no ano passado chegou a 2,03 milhões, continua aquecida mesmo com o fim do efeito recuperação da pandemia, com a criação de 750 mil postos de trabalho de janeiro a abril. Especialistas reunidos em webinar promovido pelo FGV IBRE em parceria com a Folha de S.Paulo nesta quinta-feira destacaram, entretanto, que essa melhora não pode ser considerada um alívio de longo prazo. Para que haja sustentabilidade dos ganhos no campo do emprego, defenderam, é preciso equilíbrio fiscal e melhora do ambiente de negócios que impulsionem o crescimento econômico, além de ganhos na qualidade do ensino e da capacitação profissionais.