Atualização dos dados da carga tributária no Brasil (CTB) publicada esta semana pelo Observatório de Política Fiscal do FGV IBRE mostra que em 2022 a CTB atingiu o maior nível da série histórica iniciada em 1990, alcançando 33,7% do PIB. Até então, o pico havia sido registrado em 2007, quando chegou 33,64% do PIB. Os dados detalhados podem ser acessados aqui.
A série do Observatório expande o horizonte analisado pelo Tesouro, que vai até 2010. Manoel Pires, coordenador do Observatório, destaca que o resultado de 2022 foi fruto de vários de fatores, a começar por uma combinação não usual de aumento do preço internacional das commodities exportadas pelo país sem uma reação do câmbio, que nesses casos costuma apreciar. “Dessa forma, a renda auferida das commodities em reais é fruto de uma conversão de duas bases altas”, diz. Também contribuíram para esse impulso arrecadatório a recuperação da economia e a inflação.