Na semana passada, estava discutindo com um economista especialista em preços e cenário externo se a pressão de preços agrícolas sobre a inflação mundial continuaria arrefecendo, já que os preços das commodities agrícolas estavam recuando, depois de baterem recordes ao longo da pandemia e da guerra na Ucrânia. Tudo parecia indicar que a pressão dos alimentos sobre a inflação mundial continuaria a diminuir. Por aqui, em 2022, a alta dos alimentos, medida pelo IPCA, foi de 13,23%, puxada por problemas climáticos, alta dos insumos e redução da oferta de alimentos pela guerra na Ucrânia, bem acima da inflação que bateu em 5,8%, depois de fechar 2021 em 10,1%. Em junho último, o grupo Alimentação e Bebidas teve retração de 0,06%, puxado pela queda de 1,07% na Alimentação em Domicílio: o principal item deflacionário foi o óleo de soja, com retração de 8,96%, acompanhando a queda nos preços de grãos e outras commodities agrícolas.