
Mesmo que no primeiro bimestre as trocas comerciais brasileiras com o mundo ainda não estivessem sob a influência direta das medidas comerciais do governo Donald Trump, o superávit registrado em comparação ao mesmo período do ano anterior foi significativamente menor. O Icomex do FGV IBRE indica que, no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, o saldo foi positivo em US$ 1,9 bilhão, contra US$ 11,3 bilhões no primeiro bimestre de 2024. Em fevereiro, a balança foi deficitária em US$ 0,3 bilhão, contra um saldo positivo de US$ 5,1 bilhões em fevereiro de 2024. As principais influências no agregado do ano foram a queda nas exportações agropecuárias e o déficit comercial com a China.
Lia Valls, pesquisadora do FGV IBRE, afirma que saldos negativos não são incomuns em início de ano, especialmente quando os embarques agrícolas ainda começam a ser realizados. “Isso aconteceu em janeiro de 2020 e de 2019”, exemplifica, citando ainda que para o resultado deste ano contribuiu não apenas a redução do volume e valor exportados como o aumento das importações – em que se destacam a compra de uma plataforma flutuante da China, por US$ 2,7 bilhões, bem como o aumento das compras brasileiras de produtos agropecuários, com alta de 22,6% no bimestre em relação a 2024.
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