Ajuste fiscal e os limites do possível, novamente

Ajuste fiscal e os limites do possível, novamente

Mesmo com investimento líquido negativo do governo e congelamento nominal de salário de servidor, relação dívida/PIB não caiu com teto de gastos. Com novo arcabouço, melhora no crescimento reduz necessidade de elevar receita.

Há oito anos escrevi um Texto para Discussão do IPEA intitulado “Ajuste fiscal no Brasil: os limites do possível”, no qual questionava a viabilidade e conveniência de um forte ajuste fiscal de curto prazo pelo lado da despesa, argumentando que, dada a rigidez de estrutura do gasto, o investimento público seria o candidato natural a ser cortado e isso poderia produzir, via contração do PIB, efeitos contraproducentes para o próprio objetivo de consolidação fiscal.