Alimentos ainda podem compensar efeito do combustível na inflação, a depender do El Niño, diz André Braz

Alimentos ainda podem compensar efeito do combustível na inflação, a depender do El Niño, diz André Braz

Com o aumento de 16,27% no preço da gasolina e de 25,82% para o diesel nas refinarias anunciado pela Petrobras há dois dias (15/8), muitos analistas revisaram suas projeções, levando o IPCA do final de 2023 para mais longe do teto do intervalo de tolerância da meta de inflação - de 4,75%, com o centro em 3,25%.

André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV IBRE, destaca que a recomposição em relação ao preço internacional do petróleo ainda não aconteceu integralmente para a gasolina, restando ainda uma pequena defasagem que pode abrir margem a novas altas. “O preço do petróleo não é estático, e essa volatilidade que não nos garante precisão absoluta para prever os efeitos na inflação de 2023. A tendência, entretanto, é de alta ou ao menos sustentação no atual patamar”, afirma Braz, apontando a falta de sinalização de investimentos entre países da Opep para ampliar produção, e a tendência mundial de substituição da matriz energética mundial para fontes de baixa emissão de carbono, o que tem imposto um crivo adicional aos projetos relacionados a fontes não-renováveis mais poluidoras. “Assim, países com pouca capacidade técnica de ofertar mais petróleo têm revisado seus projetos, e os que têm capacidade têm administrado a oferta para garantir preços mais altos, o que alimenta esse viés de alta.”.

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