A Pesquisa Mensal do Comércio divulgada ontem pelo IBGE apontou um mês de maio mais fraco do que o esperado. O varejo restrito cresceu 0,1% no mês, mostrando estabilidade em relação a abril, marcando uma contração interanual de -0,2%. Já o ampliado, que inclui material de construção e veículos, partes e peças registrou alta de 0,2% ante abril, e queda de 0,7% no interanual. “É um resultado condizente com o aperto orçamentário das famílias, mais sensíveis aos preços do comércio do que em outros setores”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE responsável pela produção de estatísticas das Sondagens do IBRE. Tobler destaca que os resultados tendem a refletir o otimismo com o arrefecimento da pandemia e das restrições– em 2021, entre março e maio mais pessoas morreram de Covid-19 do que em todo o ano de 2020 –, estimulando encontros como na comemoração do Dia das Mães. “Parte da alta nas vendas de vestuário, calçados e da categoria de artigos farmacêuticos e de perfumaria pode estar vinculada a essa possibilidade de mais encontros pessoais”, afirma. Tecidos, vestuário e calçados registrou o caminho oposto da evolução do comércio varejista no agregado, com três meses de crescimento em ao mês anterior (3,5% em maio, 2% em abril e 0,3% em março), somando alta de 12,9% no acumulado em 12 meses. Artigos farmacêuticos e de perfumaria registraram comportamento similar, com variação, respectivamente, de -3,9%, 1% e 3,6%, somando 6,5% no anualizado.
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