
Como foi 2024: Aos trancos e barrancos, a meta de crescimento foi atingida
A China enfrentou uma conjuntura internacional amplamente desfavorável em 2024. Nos últimos anos, a promoção dos interesses chineses no mundo tem enfrentado desafios cada vez maiores. Ocorreram diversas manifestações dessa crescente “sinofobia”, em temas geopolíticos, militares, financeiros e econômicos, que precedem, em muito, a volta de Donald Trump à presidência dos EUA. Especialmente para o mundo ocidental, a pandemia gerou a sensação de que depender da oferta dos bens produzidos pelo gigante asiático pode não ser estrategicamente interessante. Aumentaram as restrições ao livre fluxo de produtos chineses no mundo, e a contraposição às suas agendas estratégicas (por exemplo, a Nova Rota da Seda) tornou-se mais clara e agressiva.
Como se não bastasse, os problemas domésticos foram se avolumando. A China se vê em meio a um processo incompleto de transição do modelo econômico, com o desmonte dos vetores tradicionais de crescimento (ligados ao investimento, às exportações líquidas e à construção civil) e um florescimento apenas parcial dos seus substitutos (consumo doméstico, serviços, produção de bens de valor adicionado mais elevado). Como resultado, o crescimento econômico tem se mostrado cada vez mais difícil e houve redução da percepção de bem-estar da população. O tecido econômico-social continuou a se esgarçar durante 2024.
Há sinais consistentes de redução do ímpeto econômico, combinando temas estruturais e questões conjunturais – que, dada a sua duração, já podem ser definidas como persistentes. [...]
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