
Aloisio Araújo, da FGV EPGE e do IMPA, deu excelente entrevista no Jornal Valor dia 28 de janeiro, que foi publicada sob o título “BC deve mirar parte de cima da meta da inflação”. Desde maio do ano passado, em minha coluna aqui do Broadcast, deixei explícita minha opinião sobre o problema de executar a política monetária num sistema de metas para a inflação com metas muito baixas e expectativas que não convirjam para a meta. O Copom deveria usar o intervalo de tolerância ao redor da meta. No texto, de 14/5/2024, escrevi: “o Bacen faria bem em aproveitar esta ocasião para uma reflexão mais profunda de seu papel como estabilizador dos preços da economia: como seguir o sistema de metas para a inflação com uma meta muito baixa? Como devemos usar o intervalo de tolerância ao redor da meta?”. A seguir, o texto conclui que “O Copom deveria usar um pouco do intervalo de tolerância para evitar impor à sociedade brasileira um custo elevado demais pela fragilidade fiscal que temos”.
Dois meses depois, no dia 9/7/2024, publiquei no Valor Econômico um artigo mais conceitual sobre o sistema de metas com intervalo de tolerância (“Como usar o intervalo de tolerância da meta de inflação?”). Nele, explico que o sistema de metas foi desde o início pensado para ser utilizado não pontualmente, mas como um guia de expectativas que introduzia uma possibilidade clara: “permitir que, uma vez observado um desvio do centro da meta, a política monetária não tenha que ser ajustada de forma abrupta para que a convergência ao centro aconteça rapidamente”.
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