
Conforme já discutido nas edições anteriores, a quantidade de demissões a pedido tem crescido, registrando sucessivos recordes e aumentando sua participação no total de demissões ao longo do tempo. De acordo com o Gráfico abaixo, em abr/24 esse tipo de causa de desligamento atingiu o maior nível novamente desde o início da sua série em janeiro de 2020, com 734.943 demissões a pedido do trabalhador. Analisando a série histórica, os quatro maiores valores de demissões a pedido correspondem ao primeiro quadrimestre de 2024, sendo o mês de abril seguido por mar/24 (727.452), jan/24 (704.343) e fev/24 (699.122).
Em relação ao acumulado no primeiro quadrimestre de cada ano, a quantidade de desligados a pedido cresceu consistentemente entre os anos de 2020 e 2024, tendo chegado ao seu pico no 1º quadrimestre de 2024, com 2.865.860 desligamentos dessa natureza. Esse montante foi 14,7% maior do que o do 1º quadrimestre de 2023 (2.499.164 desligados a pedido) e 23,0% maior do que o do 1º quadrimestre de 2022 (2.329.753). No acumulado em 12 meses, o montante de trabalhadores desligados sob essa condição chega a 7.766.435. Ademais, verifica-se também uma tendência de aumento da participação das demissões a pedido no total dos desligamentos. Os meses que compõem o 1º quadrimestre de 2024 são os que detém os maiores percentuais de demissões a pedido da série, sendo respectivamente, de 36,5%, 35,6%, 35,8% e 36,4%. Essa taxa de demissão voluntária é um indicativo de pressão sob o mercado de trabalho.
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