
No especial sobre Previdência da Conjuntura Econômica de julho, que chega aos leitores esta semana, um debate que se destaca é sobre a viabilidade, e possíveis vantagens, de um desenho previdenciário que combine o atual sistema de repartição com a capitalização. “Estou convencido de que não há possibilidade de sustentação nosso sistema sem implantar um modelo nessa linha”, defende Paulo Tafner, diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social. O especialista diz que uma das alternativas que hoje ganha a atenção é o sistema nocional. Não se trata de uma capitalização tradicional, por continuar concentrando a gestão no caixa do governo, financiando as aposentadorias vigentes, mas permite ao contribuinte ter a noção – daí o nome nocional – da poupança acumulada para sua aposentadoria. Diferentemente de uma repartição pura, em que o cálculo do benefício depende apenas do tempo de contribuição e da média de salários, no modelo nocional os benefícios podem variar dependendo de fatores como crescimento, arrecadação e demografia. “O interessante é que as aposentadorias vão se ajustando para conter o déficit”, diz Tafner.
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