
Um choque de realismo marcou as análises no X Seminário de Política Monetária do FGV IBRE, promovido na última sexta-feira (24/5). A necessidade de superar a última milha no combate à inflação diante de uma piora de condições do cenário externo foi acompanhada de lembranças do papel de Affonso Celso Pastore, ex-presidente do BC e membro do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), falecido em fevereiro deste ano. A ele foi dedicado um painel em que Paulo Picchetti, diretor do BC, Samuel Pessôa, pesquisador do FGV IBRE, e os economistas Marcos Lisboa e Zeina Latif costuraram sua memória pessoal junto a Pastore com a análise do legado para o pensamento econômico brasileiro. A cobertura completa do evento será publicada na Conjuntura Econômica de junho.
Em uma semana na qual o mercado esteve especialmente atento às sinalizações do presidente do Banco Central em suas declarações públicas, Roberto Campos Neto demonstrou atenção com o cenário externo, a condução fiscal e o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul no preço dos alimentos. Ele lembrou que, no mundo, os preços de energia e de alimentos pararam de cair e não deverão contribuir para a queda da inflação da mesma forma observada em anos anteriores, tendendo tomar a direção oposta, diante dos efeitos das mudanças climáticas e das políticas para mitigá-las. “No Brasil, as projeções de inflação mais baixa em 2024/25 dependem do preço dos alimentos. Pensando nos eventos do Rio Grande do Sul, esse número pode ser maior”, afirmou.
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