
Em janeiro, o Ceará lançou oficialmente a primeira molécula de hidrogênio verde (H2V) produzida na América Latina, pela empresa EDP Brasil, usando energia solar, com previsão de início de operação comercial em 2026. Como foi o processo de atração desse investimento ao Ceará, quando era secretário de Desenvolvimento Econômico?
Há 20 anos, quando era secretário de Infraestrutura, tivemos a oportunidade de protagonizar projetos de energia eólica e solar, aproveitando o potencial do estado, que nos proporcionou a base para esse trabalho. Há três anos, tive contato com um grupo liderado por Daniel Lopes – formado pela Universidade Federal do Ceará, então doutorando da Unicamp –, que tinha um projeto de desenvolvimento incubado na empresa Hytron (que é a provedora do equipamento de eletrólise usado pela EDP), e vinha com uma proposta de fabricação de querosene verde de aviação. A partir desse contato, montamos um grupo de estudos sobre hidrogênio verde, ao qual incorporamos a Federação das Indústrias (Fiec), a Universidade Federal do Ceará (UFC).