O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 3,24% em maio. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 1,58%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 12,70% no ano e de 35,91% em 12 meses. Em maio de 2020, o índice variara 0,07% no mês e acumulava elevação de 6,07% em 12 meses.
“Aumentos recentes nos preços de importantes commodities, as quais também são insumos para vários segmentos industriais, sustentam a forte aceleração do grupo matérias-primas brutas do IPA, estágio de processamento que responde por 38% do índice ao produtor e cuja variação saltou de -0,30% para 7,66%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 4,20% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 1,79%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 1,71% em abril para 1,16% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 6,75% para -0,63%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,85% em maio. No mês anterior, a taxa havia sido 1,69%.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,43% em abril para 2,79% em maio. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 10,81% para -0,79%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 3,38% em maio, ante 3,45% no mês anterior.
O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de -0,30% em abril para 7,66% em maio. As principais contribuições para este avanço partiram dos seguintes itens: minério de ferro (-5,16% para 12,92%), cana-de-açúcar (2,49% para 14,87%) e milho em grão (6,40% para 11,73%). Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens aves (3,93% para 2,37%), laranja (-1,47% para -3,58%) e bovinos (2,22% para 2,00%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,35% em maio. Em abril, o índice havia apresentado taxa de 0,87%. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Transportes (3,19% para -0,22%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 9,02% para -1,03%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Despesas Diversas (0,38% para 0,17%), Vestuário (0,12% para 0,09%) e Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para -0,66%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: cigarros (0,99% para 0,16%), acessórios do vestuário (0,35% para -0,48%) e passagem aérea (-5,24% para -6,74%).
Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,05% para 0,46%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,78% para 1,13%), Comunicação (0,23% para 0,66%) e Habitação (0,63% para 0,67%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (-5,38% para 0,27%), medicamentos em geral (0,64% para 3,09%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,42% para 1,45%) e tarifa de eletricidade residencial (0,67% para 1,92%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 1,02% em maio. No mês anterior a taxa subira 1,24%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (2,76% para 2,20%), Serviços (0,55% para 0,94%) e Mão de Obra (0,11% para 0,04%).