
Banco Central acertou ao sinalizar a interrupção do ciclo de alta de juros, mas há expressivo risco de que mais à frente o ciclo seja retomado, caso venha um “waiver fiscal” de 2023 sem fortalecimento das regras fiscais.
Em países como o Brasil, de longa tradição de inflação elevada, o Banco Central tem de agir rápido, diante do surgimento de pressões inflacionárias significativas. Quando isso acontece, não importa se tais pressões têm origem em choques de demanda ou em choques de oferta. A ideia é, simplesmente, evitar que expectativas mais desfavoráveis de inflação adquiram raízes profundas. Quanto mais entranhadas (no sistema de preços) se tornam essas expectativas, mais difícil removê-las, ou seja, mais custoso se torna o processo para toda a sociedade.
Muitos questionam se, no caso da alta recente de inflação, o Banco Central do Brasil agiu com a rapidez que seria desejável. Certamente é possível debater essa questão. Não parece haver dúvida, porém, de que, uma vez iniciado o processo de ajuste da política monetária, em março de 2021, em pouco tempo o BC levou o seu instrumento básico de política para território contracionista.
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