
Qual sua avaliação sobre as primeiras medidas do governo de Donald Trump que afetam o Brasil?
Temos que tomar cuidado, pois o presidente Trump é imprevisível. No caso da taxação de aço e alumínio, se trata de uma medida que não tem a ver diretamente com o Brasil; é uma questão mais relacionada aos lobbies da siderurgia americana, que sempre pede proteção para essa indústria, que nos EUA realmente tem problemas de competição. O Brasil, por sua vez, está entre os dez maiores exportadores de produtos siderúrgicos para os EUA. Em seu primeiro mandato, Trump também colocou sobretaxas nesses produtos, que depois foram negociadas e conseguiu-se criar cotas. Desta vez, a expectativa é de que a sobretaxa entre em vigor dia 12 de março, mas até lá é possível negociar. A nosso favor, temos que lembrar que o Brasil tem uma empresa de siderurgia extremamente importante de siderurgia que tá dentro dos Estados Unidos, a Gerdau. Além disso, no Trump 1 a indústria automobilística americana reclamou dessas tarifas, pois aumenta seu custo. Será preciso esperar, como disse, qual margem de negociação haverá desta vez.
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