
O avanço da recuperação judicial da GOL nos Estados Unidos, com a decisão de fundos ancorarem o processo com um investimento de até US$ 1,25 bilhão, e a reestruturação da empresa prevista para acontecer até julho, reacendeu o debate em torno das negociações entre Abra, holding controladora da GOL, e a Azul para uma possível fusão entre as duas empresas.
Em seu artigo para a edição de abril da Conjuntura Econômica, que antecipamos aqui, Cristiane Alkmin Schmidt, presidente da MSGas, conselheira do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no período 2015-2018, alerta para os riscos que uma junção entre ambas as companhias poderia acarretar para os consumidores brasileiros, defendendo que caberia ao órgão desautorizar essa operação. “A motivação dessa fusão, destaca-se, é nebulosa e questionável”, afirma em seu texto. Nesta semana, o Cade avaliou que o acordo de compartilhamento de voos (codeshare) entre Gol e Azul anunciado em maio de 2024 não tem impacto concorrencial, mas determinou sua formalização até maio de 2026, até quando não poderão ampliar o número de rotas compartilhadas. Para avaliar sobre uma fusão entre as companhias, o Cade precisa ser notificado, o que ainda não aconteceu.
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