Nem Petrobrás, nem regra fiscal: números da China responderam pela recente variação cambial, afirma Livio Ribeiro

Nem Petrobrás, nem regra fiscal: números da China responderam pela recente variação cambial, afirma Livio Ribeiro

Esta terça-feira (16/5) foi um dia cheio de novidades para movimentar o mercado. De um lado, o anúncio da Petrobrás de abandono do preço de paridade de importação (PPI) por uma nova política que ainda deixa dúvidas no mercado; de outro, a repercussão do texto do relator para votação da nova regra fiscal. Mas a inversão de rumo do dólar observada - uma alta de 1,12% após cinco dias de queda, fechando o dia em R$ 4,94 -, pouco ou nada teve a ver com a agitação doméstica. Os ventos que empurraram o câmbio para o lado oposto, afirma Lívio Ribeiro, pesquisador associado do FGV IBRE, vieram do Oriente, com a frustração do mercado ao ver os dados de alta frequência da atividade chinesa para o mês de abril. “Esse movimento foi observado no mundo todo, e mais intensamente nas economias emergentes com maior relação comercial com a China”, afirma. Ele cita o exemplo do Chile, cuja economia é mais dependente da demanda chinesa, e observou uma desvalorização de sua moeda frente ao dólar ainda maior, em torno de 1,5%.