
Quase 70% dos conta própria gostariam de se tornar empregados em empresa privada ou pública, e maioria dos ocupados diz que poderia sustentar a si mesma e à sua família por no máximo três meses em caso de perda do emprego.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% no trimestre de agosto a outubro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de outubro, divulgada em 30 de novembro. A população ocupada (PO) no trimestre até outubro atingiu 99,7 milhões, recorde da série iniciada em 2012, subindo 1% ante o trimestre encadeado anterior e 6,1% comparado a igual período de 2021.
São números que podem sugerir um mercado de trabalho pujante, mas a sensação de muitos observadores é de que a situação do emprego e da renda no Brasil não é exatamente radiosa. Na verdade, nova pesquisa recém-lançada pelo FGV IBRE, a Sondagem do Mercado de Trabalho, revela aspectos qualitativos do mercado de trabalho nacional, com destaque para a insegurança em relação à renda, bem menos róseos que a imagem a partir apenas dos dados quantitativos.
Assim, descobre-se que quase 70% dos trabalhadores por conta própria, que hoje compõem 25% da PO, gostariam de ter um vínculo de empregado numa empresa privada ou pública. 88% dos trabalhadores informais desejam um registro, seja da CLT ou como CNPJ. No primeiro caso, 64,5% dos conta própria que querem ser empregados citam como razão ou benefícios da CLT ou o fluxo fixo de renda.
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