
Em tempos conturbados para as relações econômicas internacionais graças à imprevisibilidade da política comercial de Trump, estudos que ajudem a olhar a influência dos principais parceiros comerciais do Brasil nos negócios do país são bem-vindos para traçar estratégias de ação. Dessa lista faz parte o texto de discussão de Renato Baumann, do Ipea, publicado em janeiro, que analisa como o peso dos principais fornecedores de bens de produção pode influenciar a estrutura produtiva brasileira.
O estudo parte da análise das trocas comerciais de dois períodos: um imediatamente antes da pandemia, traçando uma média entre 2018 e 2019, comparando com a média entre 2021 e 2023, para três principais grupos: o Brics original, com Rússia, Índia, China e África do Sul; os novos integrantes do Brics – com exceção da Indonésia, incorporada depois da elaboração do estudo – e Estados Unidos e União Europeia. A análise leva em conta tanto exportações quanto importações brasileiras, e também apresenta o resultado para as trocas gerais. O foco, entretanto, é colocado nos bens de produção. A ideia é que, quanto mais elevado o peso de determinado mercado de destino nesse campo, mais sensível será a produção brasileira em relação àquela economia.
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