No meu artigo do mês passado para o Broadcast, eu argumentei que estávamos nos aproximando da situação de dominância fiscal. A dominância fiscal é uma situação na qual o desequilíbrio fiscal faz com que a dívida pública fique muito elevada e torna-se inevitável ter que ser reduzida em termos reais através de um aumento da inflação. No caso do Brasil, como há várias despesas públicas que são fixas em termos nominais (por exemplo, salários e aposentadorias do setor público), a inflação também causa uma redução dos gastos do governo em termos reais. O ministro Haddad anunciou uma série de ações que deveriam ser bastante fortes e cortar as despesas públicas. As estimativas oficiais eram de uma economia de 72 bilhões em dois anos. Análises independentes indicam uma economia muito inferior. Por exemplo, o Itaú estima o efeito do pacote em 53 bilhões em dois anos (“A semana em revista”, 29/11/2024). Em geral a tônica dos cálculos por terceiros do impacto do pacote tem sido bem inferior à estimativa do governo.
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