
No campo externo, Lia Valls, pesquisadora associada do IBRE, destacou que os ganhos possíveis para o Brasil sob o contexto da guerra tarifária se concentram no setor agropecuário. “Na transformação, se os países asiáticos, exceto China, continuarem com tarifas de 10%, os ganhos em calçados e vestuário, muitas vezes citados, podem não ocorrer”, afirma. Ainda assim, Valls alerta sobre o risco de a adequação tarifária entre China e Estados Unidos acontecer repetindo as condições observadas no acordo feito entre os países no primeiro governo de Trump, quando a China se comprometeu em ampliar as compras agropecuárias de origem americana – o que não se cumpriu devido à pandemia. Isso, destaca, poderá prejudicar o Brasil.