A reforma trabalhista completou sete anos em julho, e seus efeitos no mercado de trabalho e na economia são muito debatidos. Em seus artigos mais recentes para a Conjuntura Econômica, o economista Bruno Ottoni, especialista sênior da FGV Projetos, contribui para essas análises ao apresentar um levantamento sobre a geração de empregos a partir dos arranjos alternativos permitidos por essa legislação, que são o trabalho intermitente – em que se alterna períodos de trabalho remunerado e inatividade sem rompimento de contrato – e o tempo parcial, que a partir da reforma permitiu uma ampliação do tempo de duração da jornada de trabalho e trouxe novas regras para hora extras.
Uma primeira constatação, já conhecida, mas que deve ser lembrada, é a de que essas modalidades não foram adotadas massivamente. Do estoque acumulado até abril deste ano, por exemplo, os contratos intermitentes representaram 4,8% do saldo total de empregos gerados, e os de tempo parcial, 1,4%. Isso, de partida, indica que a criação dessas novas modalidades não resultou até agora em forte concorrência direta aos contratos tradicionais, atendendo a demandas específicas do mercado de trabalho.
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