São Paulo lidera ranking da cesta básica mais cara do país pelo segundo mês consecutivo.

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São Paulo lidera ranking da cesta básica mais cara do país pelo segundo mês consecutivo.

Entre novembro de 2024 e abril de 2025, Brasília registrou a maior alta no custo da cesta básica, da ordem de 7,42%, seguida por Curitiba, São Paulo e Belo Horizontes. No mesmo período, Curitiba foi a capital que apresentou o maior alívio no orçamento das famílias. Por outro lado, a capital carioca, que liderou o ranking de janeiro de 2024 a fevereiro de 2025, apresenta sinais de recuperação, com leve queda em abril em comparação a março de 2025, além de um recuo de 3,65% em relação a novembro de 2024. Manaus destacou-se com o maior alívio no orçamento familiar, registrando queda de 5,88% no custo da cesta básica no período.

Dos 18 gêneros alimentícios que compõem a cesta básica, o café em pó registrou aumento de preço no último mês em todas as oito capitais analisadas pela pesquisa. O café voltou a se destacar em abril, influenciado por fatores climáticos que afetaram a safra 2024/2025, pela valorização do dólar, que incentiva as exportações, e pelo aumento da demanda internacional. Outro produto em evidência no mês foi o frango, cujo encarecimento reflete uma combinação de demanda aquecida no mercado interno, o fato de ser consumido como alternativa às proteínas bovinas, os altos custos de produção e o crescimento no volume exportado.

Nos últimos seis meses, o aumento de preço do café em pó foi generalizado, com variações de dois dígitos em todas as capitais analisadas. São Paulo (27,9%), Fortaleza (25,8%) e Curitiba (23,6%) registraram os maiores incrementos nos preços.

Em queda 

Em abril/2025, entre as categorias de produtos que registraram queda de preço em diversas capitais, destaca-se o arroz, com redução observada em todas as oito capitais abrangidas pela pesquisa, conforme demonstrado no quadro a seguir. Em relação ao período dos últimos seis meses, o arroz apresentou queda generalizada, com reduções de dois dígitos em Belo Horizonte (-13,7%), Rio de Janeiro (-10,5%), Curitiba (-10,2%) e Manaus (-10,1%). Quanto à farinha de mandioca, na comparação entre abril e março de 2025, Manaus registrou retração de 3,8%. No acumulado dos últimos seis meses, a cidade apresentou queda de 21,9%. Situação semelhante foi observada em Salvador, com redução de 0,03% no último mês e de 10,2% no acumulado dos últimos seis meses em relação a novembro de 2024. Quanto ao óleo, assim como outras fontes proteicas de origem animal — como ovos e carne suína —, houve retração de preços em seis das oito capitais analisadas em abril de 2025.

Cesta ampliada 

No que tange à cesta de consumo ampliada, que contempla os 18 produtos da cesta básica, somados aos itens de higiene e limpeza, houve queda no preço médio em quatro das oito capitais analisadas. As cidades que apresentaram preços de aquisição mais elevados foram São Paulo (R$ 2.163,48) e Rio de Janeiro (R$2.100,80). Em contrapartida, em abril/2025, Manaus e Curitiba foram as capitais com os menores preços da cesta ampliada, sendo R$1.523,98 e R$1.628,89 respectivamente.

Dos 33 produtos que compõem a cesta ampliada, os que registraram as maiores variações nos preços médios foram a água mineral, o creme dental, a carne de hambúrguer, o sabonete e o xampu.