
Paulo Almeida, diretor executivo do Instituto Questão de Ciência, conversou com a Conjuntura Econômica para sobre os 5 anos da pandemia de Covid-19, tema de capa da edição de março. Ele avalia as lições da pandemia para o setor de saúde brasileiro no campo dos imunizantes, e políticas bem-sucedidas para conscientizar a população sobre a importância da vacinação.
No início da pandemia, identificou-se um aumento da desigualdade que se estendeu à saúde, na disputa por imunizantes. Qual balanço faz hoje desse momento, em especial para o Brasil?
A percepção que existe é que houve um senso de urgência e muita movimentação enquanto a pandemia estava ocorrendo. Apesar de que, naquele momento, o Brasil estava sob um governo que inicialmente demorou para tomar ações e tinha resistência quanto à comunicação pública sobre a urgência do tema e as medidas que deveriam ser tomadas, aconteceram alguns movimentos que deixaram resultados de longo prazo. Principalmente no âmbito do governo federal, houve algumas mudanças que valorizaram a estrutura de saúde, principalmente na área ligada à imunização. Um exemplo foi o Programa Nacional de Imunização (PIN), que se tornou um órgão de status hierárquico mais alto dentro do Ministério da Saúde, com maior capacidade de autonomia de execução de orçamento. Isso foi um legado muito positivo.
Ao mesmo tempo, surgiram muitas oportunidades que a gente acha que o Brasil deixou passar...
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