
PLO/2023 projeta déficit de 0,6% do PIB. Comparação da proposta com mapeamento de riscos fiscais mostra que muitos riscos ainda estão fora do orçamento e sua incorporação deverá levar a grande revisão do cenário fiscal de 2023.
Em um artigo publicado pelo Boletim de Conjuntura do IBRE de agosto e republicado no Blog do IBRE, estimamos que o conjunto de decisões tomadas pelo governo federal no final de 2021 e neste ano de 2022, bem como alguns de seus efeitos indiretos, poderia resultar em um impacto sobre os indicadores fiscais de até R$ 308 bilhões, ou 3,0% do PIB, em 2023.
Quando se levam em conta, adicionalmente, alguns fatores que tendem a se materializar no ano que vem (como uma queda de cerca de 0,6% do PIB da arrecadação bruta federal associada ao setor extrativo mineral, na esteira da expectativa de descompressão dos preços das commodities, sobretudo petróleo e gás natural), bem como algumas pressões latentes para reajuste dos salários dos funcionários públicos e para recomposição de certas despesas discricionárias, o montante estimado por nós de “cash flow at risk”, ou “riscos fiscais”, chega a R$ 435 bilhões, ou R$ 4,2% do PIB. A tabela abaixo detalha esses números, discriminando o potencial impacto sobre despesas/receitas, primárias e financeiras.
Confira na íntegra no Blog do IBRE