
A Síntese das Sondagens do FGV IBRE do mês de abril revela uma melhora da percepção do presente tanto de empresários quanto de consumidores, mas uma piora da avaliação sobre o futuro. Tais calibragens resultaram em um recuo suave do Índice de Confiança – de 0,3 ponto do Empresarial (para 91,1 pontos) e de 0,2 ponto do Consumidor (para 86,8) –, interpretado pelos pesquisadores como uma nova acomodação depois da alta de mais de 2 pontos em março.
Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, considera que os resultados refletem o desempenho da atividade no primeiro quadrimestre: uma desaceleração não tão forte como se previa, com grande ajuda do agronegócio, como apontado no Boletim Macro IBRE, mas com um cenário prospectivo ainda pouco claro, dependente, entre outros, da evolução da inflação, dos rumos da política monetária e da aprovação da nova regra fiscal. “Para empresários e consumidores, a economia não continuou piorando, mas também há incerteza sobre se vai continuar melhorando”, resume Campelo. “Como esperado, os sinais ainda são de que não é hora de apostar em uma aceleração.”