
pesar de refletirem resiliência da atividade econômica, para os economistas do IBRE responsáveis pela pesquisa, ainda é cedo para projetar a reversão de uma tendência de queda. Quando analisados os resultados empresariais por setor, apenas a Construção registrou resultado negativo em maio em relação a abril. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, avalia que o recuo de 0,3 ponto em maio, para 93,3 pontos, acontece mais por uma revisão para baixo do indicador que mede a situação atual dos negócios. “A maior parcela das empresas da construção mantém-se otimista com a demanda futura e sinaliza aumento das contratações de pessoal nos próximos meses”, afirma, destacando, entretanto, a evolução negativa do ambiente de negócios.
Nos demais setores, as causas da melhora da confiança foram difusas. Na indústria de transformação, que em maio registrou a maior alta do ano, de 0,9 ponto, para 98,9 pontos, os empresários revisaram para baixo a percepção sobre a situação atual (queda de 1 ponto, para 99,1 pontos), com destaque para o aumento no nível de estoques. Em contrapartida, demonstraram maior otimismo quanto à situação nos próximos meses, com alta de 2,7 pontos, para 98 pontos. Já entre os empresários do comércio a alta na confiança se concentrou no indicador que mede a situação corrente (ganho de 5,2 pontos, para 93,4 pontos), com retração do índice de expectativas, que perdeu 3 pontos no mês em relação a maio, para 91,6 pontos.