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Sumário

Revista Conjuntura Econômica | dezembro de 2024

Carta do IBRE | A disseminação do risco fiscal e algumas sugestões para enfrentar o problema

A percepção de que o risco fiscal está se disseminando é mais um elemento problemático no quadro já difícil de perspectiva de estabilização das contas públicas. Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do FGV IBRE, elenca quatro componentes do que chama de disseminação do risco fiscal: governos subnacionais, empresas estatais, política de crédito público e despesas fora do orçamento público. Este quarto componente reforça as dúvidas sobre a viabilidade do arcabouço, mostrando a dificuldade hoje existente em compatibilizar o ritmo de crescimento das despesas com os limites da regra fiscal.

Ponto de Vista | Modelos keynesianos finalmente se tornam keynesianos nos resultados

Os modelos monetários básicos empregados pelos bancos centrais mundo afora são chamados de modelos dinâmicos e estocásticos de equilíbrio geral, DSGE na sigla em inglês. Esses modelos incorporam algumas dimensões keynesianas. Em particular, todo o lado da produção desses modelos considera empresas em competição imperfeita, em que o produtor fixa o preço a partir de um markup sobre os custos de produção. Nesta decisão, a empresa considera não somente a situação corrente, mas também a expectativa que ela tem do comportamento futuro das condições da economia.

Entrevista | “O exemplo é a melhor resposta”

Com pretensão de ampliar o volume de crédito concedido, e papel central nas políticas relacionadas à transição energética e à industrialização, o BNDES está na linha de frente das preocupações de analistas quanto aos rumos da política parafiscal do governo federal e seus riscos para a sustentabilidade das contas públicas. Desde que assumiu a diretoria de Planejamento da instituição, Nelson Barbosa é uma das lideranças do banco mais vocais em defender as diferenças entre o que chama de novo BNDES e o BNDES do período entre 2009-2014, em que o gigantismo tomado pelo banco e a estratégia de criação de campeãs nacionais trouxe mais custos do que lucros para a economia brasileira. Nesta conversa com a Conjuntura Econômica, Barbosa fala dos desafios no caminho de impulsionar a ação do banco com menos dependência do Tesouro e comprovar que a atual estratégia é acertada. 

CAPA | Dilema fiscal

O pacote fiscal do governo anunciado no final de novembro colecionou críticas e alimenta a expectativa quanto à probabilidade de aprovação antes do recesso do Legislativo. A questão que permeia as diversas análises sobre tema é em que medida o resultado da votação do pacote será determinante para os rumos da economia na segunda metade do governo Lula 3, impactando da decisão de investimento à oferta de crédito, da inflação ao emprego – e, em grande medida, o cenário eleitoral de 2026.

Artigos
O crescimento das Organizações Sociais de Saúde e os desafios dessa expansão para o SUS - Mônica Viegas Andrade, Kenya Noronha e Henrique Bracarense
OSR: é desaconselhável ter no Brasil um regulador dos reguladores - Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt
Anatomia do Regime Fiscal Sustentável - Vilma da Conceição Pinto
A Janela de Overton no Brasil: ideias, poder e transformação das narrativas políticas - Murillo de Aragão
Inteligência artificial: regulação e oportunidades governamentais para uso mais inteligente - José Roberto Afonso, Bernardo Motta, Geraldo Biasoto Junior e Murilo Ferreira Viana
Big Data Center no Rio pode unir o útil ao sustentável - Luiz Firmino Pereira, Rafael Souza e Paulo Canedo 
O ressurgimento do institucionalismo histórico e a importância da abordagem do produto principal (staple hypothesis) - Marcos Cintra
Nova Previdência no Brasil: um exercício de liberalismo social (parte II) - Helio Portocarrero (in memoriam) e Uriel de Magalhães

Livro
Parte da história do país sob o olhar de Marcílio - Marcílio Marques Moreira

Carta do IBRE

Com a emenda da transição e o novo arcabouço fiscal, o atual governo mudou profundamente o regime fiscal brasileiro no seu primeiro ano de mandato.

Nota do editor

Se olharmos o que vêm mostrando os números sobre a economia, a sensação é que entramos em um período de prosperidade. O PIB, embora tenha desacelerado no terceiro trimestre deste ano – cresceu 0,9% sobre o trimestre anterior, quando havia avançado 1,4% sobre o anterior –, o crescimento deste ano nos nove primeiros meses já chega a 3,3%.

Tema principal

Revista Conjuntura Econômica | dezembro de 2024

Medidas do governo para equilibrar o gasto público colocam dúvidas sobre compromisso em conter avanço da dívida e alimentam incertezas para os próximos anos.