O Indicador de Incerteza Econômica busca mensurar a incerteza da economia brasileira a partir de informações coletadas dos principais jornais do país e das expectativas do mercado financeiro acerca de variáveis macroeconômicas.
Aplicabilidade:
Evidências empíricas mostram que choques de incerteza podem gerar impactos negativos nas empresas e nas famílias, pois desmotivam investimentos, inibem a produção e também diminuem a propensão ao consumo. Além disso, o crescimento da incerteza na economia reduz a eficácia da política monetária. Resultados preliminares obtidos no Brasil mostram que aumentos na taxa de juros, por exemplo, têm efeito reduzido no controle da inflação em tempos de grande incerteza.
O acesso ao Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgado mensalmente, é gratuito. O IIE-Br foi lançado como bem-público no Portal IBRE (em formato de relatório) e nas séries históricas do produto FGV DADOS. Clique aqui e saiba mais.
Metodologia:
O Indicador de Incerteza da Economia é composto por dois indicadores:
• Indicador de Incerteza na Mídia (IIE-Br-Mídia): Reflete a incidência de termos relacionados à incerteza em artigos publicados em seis dos principais jornais do país. Aproximadamente 30 mil notícias são analisadas por mês. Esse indicador tem um peso de 80% no indicador agregado.
• Indicador de Dispersão de Expectativas (IIE-Br-Expectativa): Elaborado com base na dispersão das previsões de especialistas para três variáveis macroeconômicas: taxa de câmbio e Selic, 12 meses à frente e o IPCA acumulado para os próximos 12 meses, divulgados pelo Banco Central. Esse indicador tem um peso de 20% no indicador agregado.
Cálculo do Indicador de Incerteza:
IIE-BR = IIE-Br-Mídia * 0,8 + IIE-Br-Expectativa * 0,2